quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pássaro - Cecília Meireles

Pássaro


Aquilo que ontem cantava já não canta.

Morreu de uma flor na boca:

não do espinho na garganta.

Ele amava a água sem sede,

e, em verdade,

tendo asas, fitava o tempo,

livre de necessidade.

Não foi desejo ou imprudência:

não foi nada.

E o dia toca em silêncio

a desventura causada.

Se acaso isso é desventura:

ir-se a vida

sobre uma rosa tão bela,

por uma tênue ferida.



Achei esta poesia num livro de Cecilia Meireles, não a conhecia e gostei muito! Espero que todos gostem também! Um abração à todos.

Um comentário:

Keyla Lins disse...

Mamiiiiiiiii
eu que te ajudei a publicar este texto. Só não descobrimos como coloca figura! hahahah =)
amo muito vc e todos ai de casa!
=***
Ah, eu fiz um tatoo, bemmm legal, vai no meu fotolog e vê!
bjus***